quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mundo Oco

Mundo Oco!
Tocos, tocos, tocos...
Fragmentos da ponte
Apontam horizonte,
Vazio!
Razão, razão, razão?
Sonhos rasos.
O artesão morto de fome,
Seco e com sede.
E o artefato não cede.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pai

Ele se foi,
Ele mesmo se deixou ir.
Perdendo a vontade de ficar,
Escondeu-se para mundo.

Quando a escolha é o esquecimento à vida,
O tempo pára, o som assombra.
A saudade vive ao lado do presente,
O passado é o que nos resta no futuro
E as sobras são os buracos da tristeza.

O Sopro e a Sombra

Não se chega ao interior,
Sem guardar a paciência,
Sem ser tocado pelo vento,
Sem que a vontade torne-se o gosto.

Num mergulho profundo
Respira-se cor, cheiro e som.
Pra enxergar sua sombra
Deite-se em total escuro.

O sopro criador é um lapso.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008



[ N
a
Nad.ab{aN...}
---- A]d-n



estou vazio,

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ode ao Poeta


A vida era uma cápsula sistemática,
Na qual a morte era uma pedra,
Na qual o amor era um dogma,
Na qual o céu era o nada,
E o mundo era uma esquina.

A vida era já predestinada.
Nascia-se, crescia-se e reproduzia-se.
O tempo era o pó e as rugas,
O som era o medo da chuva
E a luz refletia o táctil.

Então arbitrariamente,
Num espaço de tempo aleatório
O mundo cresceu e cresceu tanto que se tornou um próton.
Eis que surge o poeta.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Duas Rotas

A imperceptível correnteza
Pouco a pouco ludibria minha certeza,
A margem afasta-se dos meus olhos
E perece mais encantadora ainda.

As verdades da minha cabeça
Endividam-se de duvidas
Num mergulho profundo.
Cede-se ao encanto


Revela-se então entre
As duas margens,
duas pedras,
duas rotas,
duas luas,
Uma flor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

D-E-S-F-R-A-G-M-E-N-T-A-N-D-O

Um instante, um silêncio,
Por um momento o nada



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25% formatado
E tudo se recomeça...
Arquivos $temporários%
Byte a byte, Pasta a pasta.
Programas parecidos
Diferentes utilidades,
Locações novas.
Upgrade.

Versão 2.6

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008


Hoje eu sumi, desmilingüi.
Ontem você seria, foi-se no amanhã.
Assim me encontro, no abismo,
Entre o fim e o começo.
Entre o nada e o inesperado.
Entre nós e o vós.

Nada mudará por enquanto
E eu vou fazendo as malas
Vou pro mundo do esquecimento.
Lá me lembro que eu existo.

Naquele domingo
Eu na rede, você no piano.
Eu no piano, você cantando.
Eu cantando e você me ouvindo.
Era lindo o seu olhar-me.

É linda a luz que vem de ti
Meus olhos mal conseguem ver
Mas minha alma se irradia de certeza, és tu.
Ah! Se pudesses entender o meu amor.

Nada mudará por enquanto
E eu vou fazendo as malas
Vou pro mundo do esquecimento.
Lá me lembro que eu existo.

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Assim me soava a minha alma quando escrevi.
Escute alto!!!!!! (link Abaixo)
Verdade sem aviso prévio.
Palavras soltas,
Gestos finos,
Hábil olhar,
Passos quase sem rumor.

Sua persuasão intima,
É segredo em maturação.
É interrogação minha.
É meu grito em silêncio.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007



(Titulo censurado)


Um sinal
Celeste azul
Cor do cordão,
Um vazio na imensidão do tempo.

Um impulso
Fluxo da Aurora
Do tanto olhar,
Uma sede que me afoga e me afaga.

Um desvio
Do caminho
Monocromático,
Imperceptivelmente quase estático.

Percepção
Minimalista
Tempo x corrosão,
Erosão de ventos novos.

O Resto é espera,
O tudo é paciência.



Thiago Assis
Tarde de 26/12/2007

Quem sou eu

Minha foto
As vezes carioca, as vezes baiano, mas queria mesmo é ser do mundo. Interesses: música, literatura, arte, filosofia, história, viagem, morte, novidades, solidão, angústia e melancolia.